Países que conquistaram avanços significativos na educação, como Finlândia, Cingapura e Canadá, priorizaram o investimento público na área, garantindo o acesso universal ao ensino.
Modelos de educação com investimento e acesso universal à educação
Um bom começo é citar a Finlândia que dedica cerca de 6% do seu PIB à educação, assegurando que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade desde a infância. Essa política de acesso igualitário contribui para reduzir desigualdades sociais, promovendo inclusão e equidade. Além disso, esses países investem na formação contínua de professores e na infraestrutura escolar, criando ambientes propícios ao aprendizado.
O aumento do tempo de permanência na escola também é uma estratégia comum. Em Cingapura, a escolaridade obrigatória é de 10 anos, e há incentivo para que estudantes permaneçam na escola até o ensino médio. Como resultado, a taxa de alfabetização na Finlândia atinge quase 100%, e o índice de escolarização de jovens na faixa de 25-34 anos supera 90%. Esses dados refletem o impacto de políticas de acesso universal, que garantem que crianças e jovens tenham oportunidades iguais de desenvolver suas potencialidades, contribuindo para o progresso social e econômico do país.
Educação de qualidade e metodologias inovadoras
Outro aspecto fundamental é a ênfase na qualidade do ensino e na adoção de metodologias inovadoras. Países como a Coreia do Sul investem em formação de professores altamente qualificados e utilizam abordagens pedagógicas que estimulam o pensamento crítico e a criatividade. A introdução de tecnologias digitais na sala de aula, com plataformas de ensino online e recursos multimídia, tem sido vital para modernizar o aprendizado, especialmente em contextos de expansão de cobertura. Esses investimentos elevam o nível de compreensão e retenção do conhecimento, preparando os estudantes para os desafios do século XXI.
Na Coreia do Sul, o foco na excelência acadêmica é evidenciado por resultados expressivos em avaliações internacionais, como o PISA, onde frequentemente lidera posições. Em 2018, a Coreia ficou em primeiro lugar em leitura, matemática e ciências. Essa estratégia de priorizar a qualidade do ensino, combinada com uma cultura de esforço e valorização dos professores, contribui diretamente para melhorias na condição de vida dos estudantes, que se tornam profissionais mais qualificados e produtivos.
Transformações sociais por meio da educação
A educação também tem sido uma ferramenta para promover mudanças sociais profundas. Países que adotaram políticas de inclusão, como o Brasil e a Noruega, conseguiram reduzir desigualdades de gênero, étnicas e socioeconômicas. Na Noruega, programas específicos atendem grupos minoritários e populações indígenas, garantindo sua participação no sistema educacional e promovendo a integração social. Como resultado, há uma diminuição das taxas de pobreza e de exclusão social, além de maior coesão social.
No Brasil, ações de inclusão, como as cotas raciais e programas de educação de jovens e adultos, contribuíram para ampliar o acesso de grupos historicamente marginalizados. Segundo o IBGE, a taxa de analfabetismo no país caiu de 13,2% em 2000 para 7,0% em 2020. A educação, nesse contexto, funciona como um vetor de transformação social, promovendo oportunidades de ascensão social e melhorando as condições de vida de diferentes comunidades. Assim, a educação deixa de ser apenas um direito individual e passa a ser uma ferramenta coletiva de desenvolvimento social.
Educação e desenvolvimento sustentável
Países que avançaram na educação também incorporam temas de sustentabilidade e cidadania em seus currículos. Na Nova Zelândia, por exemplo, há uma forte ênfase na educação ambiental, preparando jovens para lidar com os desafios ambientais globais. Programas escolares incentivam práticas sustentáveis, como hortas escolares, projetos de reciclagem e atividades de conscientização ecológica. Essa abordagem promove uma geração mais consciente e engajada na preservação do planeta.
Dados da UNESCO indicam que países que integram a educação para o desenvolvimento sustentável (EDS) em seus sistemas escolares apresentam maior conscientização ambiental entre estudantes e uma maior propensão à participação em ações de preservação. Essa formação contribui não apenas para a melhoria da qualidade de vida individual, mas também para a construção de sociedades mais responsáveis e resilientes frente às mudanças climáticas e aos desafios ambientais. Assim, a educação se torna uma ferramenta vital para o alcance de um desenvolvimento sustentável global.